Tradução editorial e programas de edição assistida por computador
Thread poster: Carla Guerreiro
Carla Guerreiro
Carla Guerreiro  Identity Verified
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Nov 11, 2016

Boa tarde a todos,

Gostaria de vos fazer uma pergunta: é necessário utilizar programas de edição assistida por computador quando se traduz para o mercado editorial? Se assim for, quais são os melhores ou os mais recomendados?

Muito obrigada desde já pelas vossas respostas.
Carla Guerreiro

[Edited at 2016-11-11 13:54 GMT]

[Edited at 2016-11-11 13:55 GMT]


 
oxygen4u
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Não Nov 11, 2016

Boa tarde, Carla

Quando fala em programas de edição refere-se ao Trados e afins?

Para traduzir livros basta utilizar o word. Nem faz sentido utilizar outra ferramenta, porque não existem repetições.

Cumprimentos


 
Carla Guerreiro
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Edição assistida por computador significa, em inglês, desktop publishing Nov 11, 2016

oxygen4u wrote:

Boa tarde, Carla

Quando fala em programas de edição refere-se ao Trados e afins?

Para traduzir livros basta utilizar o word. Nem faz sentido utilizar outra ferramenta, porque não existem repetições.

Cumprimentos


Boa tarde Patrícia,

Muito obrigada pela resposta.
No entanto, o Trados e afins não têm nada a ver com a edição assistida por computador, isto é, o Desktop Publishing. Os programas de Desktop publishing são, por exemplo, o Indesign, o Pagemaker ou o QuarkXpress.

[Edited at 2016-11-11 18:17 GMT]


 
oxygen4u
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Certo Nov 11, 2016

Só queria ter a certeza de que falávamos do mesmo.

Para traduzir precisa apenas do word. Todo o trabalho restante é feito pela editora.

Cumprimentos


 
Maria Teresa Borges de Almeida
Maria Teresa Borges de Almeida  Identity Verified
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Reitero o que a Patrícia (oxygen4u) disse... Nov 11, 2016

Relativamente aos livros que traduzi recebi sempre indicações da editora quanto à forma como estruturar o texto (espaços, margens, etc.), mas toda a parte de paginação e composição do texto competia à editora. Além disso, foi-me pedido mais do que uma vez que, a bem da fluidez do texto, não utilizasse ferramentas de apoio à tradução…

 
Carla Guerreiro
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Obrigada Patrícia e Teresa Nov 11, 2016

Boa noite Patrícia e Teresa,

Muito obrigada pelas vossas respostas.
É sempre bom conhecer a opinião de quem tem experiência neste tipo de tradução, pois nunca se sabe e, às vezes, certos clientes podem pedir-nos certas coisas que não podemos nem temos a obrigação de fazer.

Bem hajam.

[Edited at 2016-11-11 18:14 GMT]


 
José Henrique Lamensdorf
José Henrique Lamensdorf  Identity Verified
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In memoriam
Acho que entendi a pergunta! A vantagem do PT-BR... Nov 12, 2016

O maior desafio que o PT-BR propõe aos portugueses (não saberia dizer dos demais lusófonos) é que deixamos implícita boa parte da mensagem. O surpreendente é que no Brasil conseguimos nos entender apenas com isso.

Deve ser algo da natureza humana. Aqueles que escrevem em hebraico e árabe suprimem a maioria das vogais (aqueles desenhos abaixo das letras) no uso diário, e nem por isso deixam de se entender.

Me parece que a dúvida da Carla não é sobre o tradutor
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O maior desafio que o PT-BR propõe aos portugueses (não saberia dizer dos demais lusófonos) é que deixamos implícita boa parte da mensagem. O surpreendente é que no Brasil conseguimos nos entender apenas com isso.

Deve ser algo da natureza humana. Aqueles que escrevem em hebraico e árabe suprimem a maioria das vogais (aqueles desenhos abaixo das letras) no uso diário, e nem por isso deixam de se entender.

Me parece que a dúvida da Carla não é sobre o tradutor fazer a editoração eletrônica/DTP, mas traduzir livros cujo original esteja nesses formatos específicos ("proprietary") e mutuamente exclusivos do PageMaker, InDesign, FrameMaker, QuarkXpress (e talvez até alguns de nível amador, como Serif PagePlus, MS Publisher, e Scribus).

Li que o Trados consegue "invadir" alguns desses arquivos de DTP sem o usuário precisar ter o programa de DTP correspondente, para traduzi-los. É óbvio que a diagramação fica uma baderna, mas isso será problema do DTPista - não do tradutor.

Isso gera diversos problemas. Se forem fazer revisão da tradução, em que tipo de arquivo irão fazê-la? Vão passar pelo DTPista duas vezes? Ou vão revisar na TM?

O mais comum - se forem pessoas sensatas - é converterem "do que for" para Word, e depois fazerem o DTP novamente.

Mesmo assim isso não está livre de problemas.

Vou contar um caso... Eu traduzi e uma colega revisou um livro EN > PT de 200 páginas para uma agência no Canadá, em Word. O arquivo veio diagramado, com um monte de figuras e citações entremeadas no texto. Com a tradução, o texto inchou, e ficou uma baderna. Passaram para o InDesign. A DTPista era francófona e, na falta de outro, usou o dicionário de IT para separar as sílabas em PT. A colega e eu revisamos o livro inteiro OITO vezes! A cada hífen errado que corrigíamos, surgia outro hífen errado no mesmo parágrafo mais abaixo. Precisou de oito revisões para chegarmos ao fim de todos os parágrafos.

Isso porque traduzimos e revisamos em Word. Imagine se tivéssemos feito isso no InDesign.
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Carla Guerreiro
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Obrigada José Nov 12, 2016

José Henrique Lamensdorf wrote:

O maior desafio que o PT-BR propõe aos portugueses (não saberia dizer dos demais lusófonos) é que deixamos implícita boa parte da mensagem. O surpreendente é que no Brasil conseguimos nos entender apenas com isso.

Deve ser algo da natureza humana. Aqueles que escrevem em hebraico e árabe suprimem a maioria das vogais (aqueles desenhos abaixo das letras) no uso diário, e nem por isso deixam de se entender.

Me parece que a dúvida da Carla não é sobre o tradutor fazer a editoração eletrônica/DTP, mas traduzir livros cujo original esteja nesses formatos específicos ("proprietary") e mutuamente exclusivos do PageMaker, InDesign, FrameMaker, QuarkXpress (e talvez até alguns de nível amador, como Serif PagePlus, MS Publisher, e Scribus).

Li que o Trados consegue "invadir" alguns desses arquivos de DTP sem o usuário precisar ter o programa de DTP correspondente, para traduzi-los. É óbvio que a diagramação fica uma baderna, mas isso será problema do DTPista - não do tradutor.

Isso gera diversos problemas. Se forem fazer revisão da tradução, em que tipo de arquivo irão fazê-la? Vão passar pelo DTPista duas vezes? Ou vão revisar na TM?

O mais comum - se forem pessoas sensatas - é converterem "do que for" para Word, e depois fazerem o DTP novamente.

Mesmo assim isso não está livre de problemas.

Vou contar um caso... Eu traduzi e uma colega revisou um livro EN > PT de 200 páginas para uma agência no Canadá, em Word. O arquivo veio diagramado, com um monte de figuras e citações entremeadas no texto. Com a tradução, o texto inchou, e ficou uma baderna. Passaram para o InDesign. A DTPista era francófona e, na falta de outro, usou o dicionário de IT para separar as sílabas em PT. A colega e eu revisamos o livro inteiro OITO vezes! A cada hífen errado que corrigíamos, surgia outro hífen errado no mesmo parágrafo mais abaixo. Precisou de oito revisões para chegarmos ao fim de todos os parágrafos.

Isso porque traduzimos e revisamos em Word. Imagine se tivéssemos feito isso no InDesign.



Boa tarde, José.

Muito obrigada pelo seu comentário.
Depois de o ter lido, a única conclusão que consigo tirar é esta: acaba tudo numa grande confusão!


 


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