This site uses cookies.
Some of these cookies are essential to the operation of the site,
while others help to improve your experience by providing insights into how the site is being used.
For more information, please see the ProZ.com privacy policy.
This person has a SecurePRO™ card. Because this person is not a ProZ.com Plus subscriber, to view his or her SecurePRO™ card you must be a ProZ.com Business member or Plus subscriber.
Affiliations
This person is not affiliated with any business or Blue Board record at ProZ.com.
Services
Translation, Interpreting, Editing/proofreading, Voiceover (dubbing), Subtitling, Transcription, Training
Expertise
Specializes in:
Education / Pedagogy
Linguistics
Also works in:
General / Conversation / Greetings / Letters
Journalism
Marketing / Market Research
Folklore
Media / Multimedia
Ships, Sailing, Maritime
Tourism & Travel
More
Less
Rates
Portfolio
Sample translations submitted: 2
Portuguese to Dutch: Cantos, contos e lendas da capoeira e da cultura Afro-Brasileira General field: Art/Literary Detailed field: Folklore
Source text - Portuguese Cantos, Contos e lendas da capoeira e da cultura Afro-brasileira NL
1. Bateria de capoeira – 1 canto de capoeira : Mestre Felipe de Santo Amaro: eu não vi capoeira nascer, eu vi os mais velhos falar, capoeira nasceu na bahia cidade de Santo Amaro, capoeira nasceu na Bahia cidade de Santo Amaro.
2. bateria de capoeira – 1 conto de Exu. Cunha, Carolina Caminhos de Exu. São Paulo: Edições SM, 2005. - - (Barco a Vapor ; 10 Série azul) - “ Quando Inhangui* caiu na terra seu corpo se partiu em 256 pedaços. - Cada pedaço era un Exu. - Um bocado fugiu. –Os outros, Inhangui* comeu de volta. – Esses que escapuliram têm, portanto, seus poderes. – E saem por aí cheios de truques, andando pelas estradas do mundo, deixando seu rastro onde passam. – Porque eles andam toda a terra muito ligeiros, norte-sul-leste-oeste, é da sua natureza. – O nome deles muda de cidade para cidade: Exu Bará, Exu Inã, Exu Lonan, Exu Lalu, Exu Aladi, Exu Akessan, Exu Odara.. mas é sempre o mesmo Exu em todos os caminhos.” Exu é movimento, é avanço, é ir a frente..
3. Bateria de capoeira – 1 canto de capoeira: mestre Ananias: Irê, mirê mirê, Irê mirê mirê, é da Babalorum mas Irê mirê mirê é de baba oluandaê...
4. bateria de capoeira – 1 conto: Odudua briga com Obatlá e o céu e a terra se separam: Pranti, Reginaldo. Mitologia dos Orixás / Ilustrações de Pedro Rafaél. – São Paulo: Companhia da Letras, 2001. – “ No principio de tudo – quando não havia separação entre o céu e a terra, Obatalá e Odudua vivam juntos dentreo de uma cabaça. – Vivian extremamente apertados um contra o outro, Odudua embaixo e Obatála em cima. – Eles tinham sete anéis que pertenciam aos dois. – Á noite eles colocam seus anéis. – Aquele que dormia por cima sempre colocava quatro anéis e o que ficava por baixo coloca os três restantes. – Um dia Odudua, deusa da terra, quis dormir por cima para poder usar nos dedos quatro anéis. – Obatála, o deus do céu, não aceitou. – Tal foi a luta que travaram os dois lá dentro que a cabaça acabou por se romper em duas metades. – Aparte inferior da cabaça, com Odudua, permaneceu embaixo, enquanto a parte superior, com Obatalá, ficou em cima, separando assim o céu e a terra. – No ínicio de tudo, Obatalá deus do céu, e Odudua, deusa da terra, viviam juntos. – A briga pelos anéis os separou e separou o éu da terra.” – Os orixás.... gostaria de continuar com conto dos orixás...sugestão de um conto? que não seja muito grandes..
5. bateria de capoeira – 1 canto de capoeira ( D.P.: pisa cabloco quero ver você pisar, na batida do meu gunga pisa lá que eu piso cá. Pisa caboclo quero ver voce pisa na batida da cabula pisa lá que eu piso cá....
bateria de capoeira – 1 lenda do berimbau: Uma menina saiu a passeio. Ao atravessar um córrego abaixou-se e tomou a água no côcavo das mãos. No momento em que, sofregamente, saciava a sede, um homem deu-lhe uma forte pancada na nuca. Ao morrer, transformou-se, imediatamente, num arco musical: seu corpo se converteu no madeiro, seus membros na corda, sua cabeça na caixa de ressonância e seu espírito na música dolene e sentimental. (Conto existente no leste e no norte africano) (Texto retirado da Revista do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia) nº 80 de 1956.
6. bateria de capoeira 1- canto de capoeira:
bateria de capoeira – 1 conto de capoeira / Sodré, Muniz. Santugri – Histórias de Mandinga e Capoeiragem / Muniz Sodré; Ilustrações, Mollica – Rio de Janeiro: José Olympio, 1988. S a n t u g r i
- Não é nada, não é nada, a roda. Se o vazio ou o traço?
- Bom, do vazio deus fez este mundão todo. Não é nada o traço?
- Mas a criatura só existe quando deixa marca, traça. Para mim, o traço, o vazio, a roda é tudo.
- Porque, seu moco, a roda não tem começo nem fim. Nela, meu céu corpo é meu.
- O meu corpo, meu corpo / foi Deus quem me deu / na roda da capoeira / Rarra / grande e pequeno sou eu.
Meu nome é Santrugri. Posso dizer que o nome está ligado a um segredo.
- E que antes, veja só, eu me chamava Heraclo. Eu jamais gostei, meus amigos não gostavam, ninguém gostava, era dificil de chamar – Heraclo.
- Pior : não combinava com meu gosto de brincadeira. Onde já se viu un homem chamado Heraclo em roda de capoeira?
- Mas foi assim mesmo, com essa graça desditosa, que me criei.
- Aqui no Acupe. Isto aqui mudou pouco, moço. Só não tem mais escravo.
- Mas o velho Quinquim, que me ensinou as artes da brincadeira, era escravo.
- Pois foi Quinquim o meu mestre. Me levava pra mata, pró Alto da Campina, que hoje querem queimar pra fazer indústria, trocar ar fresco por dinheiro, e ali praticava comigo.
- Mas aprendi assim, e como, até a me sentir bicho. Como esquecer ? - Era de noite, à beira do poço, a gente ouvia a zoada do sapo-boi, quando Quinquim me madou tomar postura sapo.
- E depois, arregalar os olhos, deixar a pele arrepiar e pensar que nem sapo.
- Por um instante fui sapo e enxerguei longe com a maior clareza, no escuro da mata.
- Graças ao velho, entrei no jogo, me fiz mestre na arte do chapeu.
- Conhece não?
- O chapeu apara a faca e depois vai direitinho no ouvido do outro.
- Mas também fazia bonitona dança, pois a roda comporta tudo.
- Muitas, muitas vezes, dia de festa de São Benedito, bem la na frente da capela, Quinquim formava a roda, com cavaquinho, atabaque e ganza.
- Berimbau não havia, o velho não gostava.
- Assim, assim, moço, eu me enchi de mundo.
- Dei prá falar pouco.
- Falar pra que, prá espantar a alma, prá não ver o natural da terra?
- Precisava não, bastava me acender de grandeza.
- Mas ainda faltava.
- Quinquim me explicou: o nome. Heraclo não encaixava, era como passo falso, era como pedra no meio da roda. Isso era la nome de capoeira?
- Um dia, o destino – coisa poderosa, o destino – ajeitou as coisas.
- Estava no fundo do armazém la no jebejebe das peneiras, tomando caninha com Quinquim, o farmaceutico e um gringo que passava ferias no Acupe, quando tive de exemplar um valentino.
- Coisa de poucos tabefes, (rasteiras) ele se acalmou. Pelo menos foi o que achei na primeira hora.
- Pois o desinfeliz voltou, azul de raiva, estrovenga na mão, prá de dividir a cabeca, como se faz com côco em beira de estrada.
- Entretido na prosa e na cana, nem dei pelo molecote, que chegou sonso pelas minhas costas.
- O berro do gringo me salvou a vida: cai nas molas, vendo passar por cima o fio da morte, e botei o valentinho no chão, com uma meia lua em cima da orelha.
- Disse o farmaceutico que o gringo chamou pelo Santo Cristo em lingua de gringo.
- Mas Quinquim ouviu ‘Santugri’ e assim ficou.
- Passou a ser meu nome dai em diante. Santugri pra ca, Santugri prá la
– gostei.
- Ninguém era besta agora de me chamar de Heraclo.
- Não nasci outra vez? Pois tinha direito a novo nome .
- Quando Quinquim morreu, Santugri ocupou seu posto de mestre no jogo.
- Faz parte de mim. Queira eu ou não. Passarinho não canta por gosto, canta por obrigação.
- Eu jogo capoeira por cerimonia, por destino.
- É minha sina, minha sorte.
- Morrendo, moço, não quero ir prá lugar nenhum
– a roda já e meu paraiso.
7.
8. bateria de capoeira - 1 canto de capoeira- (musica do Tambú, Ta na hora, ta na hora do balão subir )
bateria de capoeira - 1 conto Tambú/ batuque de umbigada
Texto vai avir até o final do mês
9. bateria de capoeira – 1 canto de capoeira
10. bateria de capoeira – 1 conto do Grupo Cativeiro – Vou jogar capoeira – angola e regional – vou lembrar do mestre Pastinha – lembrar de mestre Bimba – avançar nos quilombos de Zumbi dos Palmares – quilombo de negros impertinente de negros levantes – O alicerce de uma nação brasileira – kao-kao axé odara irmão – kao-kao “kabeciele” - meu cativeiro eu trago em meu peito – dançando meu balé nagô - movimentado todo o mundo africano – sim, com as justiças de Xango – kao-kao axé odara irmão.. kao-kao “kabeciele”... mestre Móa do Katendê.
11- conto da Ancestralidade / Sodré, Muniz. Santugri – Histórias de Mandinga e Capoeiragem / Muniz Sodré; Ilustrações, Mollica – Rio de Janeiro: José Olympio, 1988. A n c e s t r a l
Era ainda aquele tempo, que hoje pouco comove as pessoas da ilha, pois era um tempo em que não reinava a palavra ‘futuro’ e se pronunciava com respeito: antigamente! Em meio a corrída esbaforida do mundo, ao bafo do vapor da indústria, a ilha acolhia seus oriundos de um continente remoto que, a visão dos ancestrais – nagôs, não angolanos congos cabindas, moçambiques, mas nagôs!
– arrojavam-se ao solo e saudavam com veneração: Meu Pai! Meu Pai!
- Nesse tempo, as casas da gente negra alinhavam-se ao longo da práia de Amoreiras.
- Certas casas mantinham-se afastadas, como a do alapini, chefe do culto dos ancestrais, Tio Marco, cuja idade se perdia na noite dos tempos idos e cujo olhar fascinava como o de uma fera, Tio Marco, que se transformava, todos sabiam – virava cobra.
- Bino ainda não havia completado dez anos de idade.
- Morava perto da praia, junto com a mãe, Donata, uma mulher bem-dotada, de visao larga e fama justificada no culto dos oríxas, na grande cidade em frente a ilha. Ciosa de manter o filho perto de si e de seu culto, Donata não via com muitos bons olhos as duas paixões de Bino:
- misturar-se aos capoeiristas que passavam as tardes desenhando como corpo o lençol de sombras da grande mangueira e conversar a noitinha com Tio Marco, que por ele nutria um interesse especial, por ele saia de seu mutismo costumeiro.
- Da capoeira Donata reprovava a vadiação, os feitos valentis.
- De Tio Marco nada dizia, tão grande era o respeito, mas deixava entender ao filho que não lhe agradava ve-lo apegado a um zelador de segredos a que ela propria não tinha acesso, pois o culto aos mortos ilustres era assunto de homem, coisa exclusiva do lado direito do mundo.
- O Morto, o Ancenstral, ligava passado e presente do grupo
– era o único traço direto do mundo que infundia segurança, mas também muito temor.
- Bino aprendia com Tio Marco a chegar perto de bicho, parceiro de gente, como ensinava o ancião.
- Ensinava mais: dentro, bem dentro do homem, há uma morada de fera, que é preciso conhecer.
- E mostrava que estranho animal podia revelar-se o homem, que maravilhoso animal podia ser o homem, falava das transformações, de um ponto em que os homens se partiam e passavam a viver a diversidade dos tempos, ocupavam dois espacos de uma so vez e viravam bicho.
- As palavras de Tio Marco confirmavam o poder dos antigos, a harmonia da morte com a vida.
- Uma tarde, Bino viu baixar a dúvida, tão grande que ameaçava a continuidade do jogo, junto ao grupo de capoeiristas.
- Um deles, recem chegado da capital, queria introduzir inovações, golpes e movimentos importados de formas de luta estrangeira correntes na cidade grande.
- As mudanças traziam a força das coisas novas, mas pareciam trair o espirito do jogo, a tradição que equilibrava a vida do grupo.
- As inovações ganhavam adeptos, mais tristes, por não conseguirem cantar o que mexia com a antiguidade.
- Não se via ali nenhum cantato com o Ancestral.
- Bino ficou preocupado.
- Pressentia, sem que pudesse precisar o ponto certo, que as mudanças falavam de algo mais que o próprio jogo da capoeira, falavam de sua existência possível como negro, seu destino na ilha.
- Entregue a si mesmo, embaraçado com suas próprias tentativas de explicação, metia-se na mata em busca de um lugar especial, uma pequena elevação, de onde constumava mirar o ceu para ver chegarem falanges de deuses, que cortavam fatias de nuvens para se alimentar.
– E ali se encontrava um dia, ávido de palavras, quando avistou Tio Marco acocorado ao lado de uma arvore.
- Parecia estar ali há tempo.
- Bino sentia agora que o velho se deixava ver.
- Ouviu-o dizer em voz alta:
- Se as palavras lhe queimam a boca, menino, a curra está no silêncio.
- Venha comigo.
Acompanhou-o até o barracão de onde saiam, quando invocados, os ancestrais.
- Depois de saudar o patrono da casa (ou da terra / ver o que fica melhor), Tio Marco segurou a mão do garoto, exortando-o:
- Vamos a procura do Invisível.
Bino não voltou prá casa aquela noite, deixando Donata preocupada. - Naquele tempo (só naquele tempo), a noite era puro enigma. Todos a conheciam, viam com tranquilidade a sua chegada, mas não a decifravam.
- Donata temia pelo filho. E assim atravessou a madrugada, até que de manhã, avistou-o chegando em companhia de Tio Marco.
- O menino viu muita coisa, Donata – disse o Tio. – Conte, meu filho, conte o que viu, o que sabe.
- Sei que o silêncio é a mãe da fala – retrucou Bino. E se calou.
- Seu filho está iniciado, Donata – sentenciou o velho, afastando-se em seguida.
- Bino tinha entrado no culto, tomara contato com o segredo.
- Passaria por muitas provas, um dia seria talvez alapini, contador de histórias, memoria de todos.
- Naquela mesma tarde, a sombra da mangueira, os jogadores de corpo viram-no chegar em passo lento, candenciado.
- Parecia Ancestral.
- Entretanto, brincou e riu, como sempre fizera.
- Jogou capoeira, incorporando os golpes novos com tanta tranquilidade e mandinga, que o espirito do jogo renascia, o novo vinha reforçar a tradição, assim como Tio Marco subsistia em Bino.
- Esse espirito, logo aceito, trouxe de volta ao grupo a harmonia.
- No jogo, vida e morte voltavam a dançar juntos.
- Certa ver perguntaram a Seu Pastinha o que era a capoeira
– Ele velho mestre respeitado ficou un minuto calado revirando a sua alma
– Depois respondeu com calma em forma de ladainha. – Capoeira é um jogo
– é um jogo é um brinquedo
– é de respeitar o medo
– é dosar bem a coragem
– é uma luta
– é manha de mandingueiro
– é um velho no veleiro
– é um lamento na senzala
– um berimbau bem tocando
– o riso de um menininho
– capoeira é o vôo de um passarinho
– bota da cobra coral
– sentir na boca todo o gosto do perigo
– é sorrir pró inimigo
– apertar a sua mão
– é o grito de zumbi ecoando nos quilombos
– é se levantar de um tombo antes de tocar o chão
- é o odio e a esperança
- é o tapa que explodiu na face foi arder no coração
– é aceitar um desafio com vontade de ganhar
– capoeira é um barquinho solto nas ondas do mar....
Léxico :
Exu : Orixá que leva a menssagem ao mundo dos orixás, dono da encruzilhadas, guardião da porta de entrada da casa. O primeiro a ser homenageado.
Obatalá : Orixá da criação, criador do homen. Qualidade de Oxalá.
Odudua : Orixá Criador da terra, masculino ou femenino.
Inhangui: (Yangi) O primeiro ser criador filho de Obatalá, antes de ele criar todas as coisas.
Orixas : Divindades do panteão Yorubá
Translation - Dutch Vertaling Cantos, contos e lendas da capoeira e da cultura Afro-Brasileira
Liedjes, verhalen en legendes van capoeira en de Afro-Braziliaanse cultuur
1. Capoeirakoor. Verhaal over Exu.
Carolina Cunha, Caminhos de Exu, São Paulo, Edicões SM, 2005. (Barco a Vapor ; 10 Serie Azul)
Toe Inhangui op aarde neerviel, brak zijn lichaam in 256 brokken. Iedere brok was een Exu. Inhangui at deze stukken allemaal opnieuw op. Een aantal stukken wist te ontsnappen. De ontsnapte brokken bezaten de krachten van Exu. Ze reisden de wereld rond en lieten overal waar ze kwamen een spoor na met hun speciale krachten. In dat spoor kon men Exu herkennen. Want omdat zij waren wat zij waren kwamen zij overal heel snel: noord – zuid – oost – west. Hun naam verschilt van stad tot stad: Exu Bará, Exu Inã, Exu Lonan, Exu Lalu, Exu Aladi, Exu Akessan, Exu Odara, … Maar altijd bedoelt men die ene zelfde Exu. Exu is beweging, vooruitgang, vooroplopen.
2. Capoeirakoor. Verhaal: Odudua vecht met Obatalá en hemel en aarde splitsten in tweeën.
Pranti, reginaldo, Mitologia dos Oríxas / Ilustrações de Pedro Rafaél – São Paulo: Companhia das Letras, 2001.
Bij het begin van alles – toen hemel en aarde nog niet gesplitst waren – leefden Obatalá en Odudua samen binnen in een kalebas. Zij leefden extreem dicht bij elkaar: Odudua onderaan en Obatalá bovenaan. Zij hadden zeven ringen die evengoed van de ene als van de andere waren. ’s Nachts deden zij hun ringen om. Hij die bovenaan sliep nam altijd vier ringen en zij die onderaan sliep nam de drie overblijvende. Op een dag wilde Odudua – godin van de aarde – bovenaan slapen om ook eens vier ringen aan haar vingers te kunnen dragen. Obatalá – god van de hemel – ging daar niet mee akkoord. In hun strijd gingen zij zo vurig te keer daar binnen in de kalebas dat hij in tweeën brak. Het laagste deel van de kalebas - met Odudua - bleef onderaan, terwijl het bovenste deel - met Obatalá – bovenaan bleef. Op die manier werden hemel en aarde gescheiden. Bij het begin van alles leefde Obatalá – god van de hemel – en Odudua – godin van de aarde – samen. Het gevecht om de ringen heeft hen gescheiden en splitste de hemel van de aarde.
3. Capoeira. Berimbau legende.
Een verhaal uit Oost en Noord-Afrika. Bron: tijdschrift Revista do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, n° 80 van 1956.
Een meisje ging naar buiten om een wandeling te maken. Bij het oversteken van een beekje bukte zij zich en dronk wat water uit de palm van haar hand. Net toen haar dorst voldoende gelest was, gaf een man haar een harde stoot in haar nek. Op het moment dat zij stierf, veranderde zij meteen in een muzikale boog: haar lichaam veranderde in een houten stok, haar hoofd in een klankkast en haar geest werd klaaglijke en gevoelige muziek.
4. Capoeirakoor. Capoeiraverhaal. Santugri.
Sodre, Muniz, Historias da Mandinga e Capoeiragem, Illustrações, Mollica, Rio de Janeiro: José Olympio, 1988.
- Het is niets, het is niets, de roda, de kring. Ofwel leegte ofwel een spoor?
- Goed, God heeft vanuit de leegte heel deze wereld geschapen. Stelt het spoor niets voor?
- Maar de schepping bestond pas toen hij zijn stempel drukte. Voor mij is het spoor, de leegte, de roda, alles.
- Omdat, jongeman, de roda begin noch einde kent. Binnen in de roda, mijn hemel, is mijn lichaam van mij.
- Mijn lichaam mijn lichaam / het was God die het me gaf / in de roda van de capoeira / hahaha / ben ik groot en ben ik klein.
- Mijn naam is Santugri. Ik kan zeggen dat die naam verbonden is aan een geheim. En dat ik vroeger, kijk maar, Hercules heette. Ik heb er nooit van gehouden, mijn vrienden vonden er niets aan. Niemand hield ervan. Het was moeilijk om Hercules te heten.
- Erger nog: het paste niet bij mijn plezier in het spel. Waar heb je ooit al een man gezien in de roda van de capoeira die Hercules heette?
- Maar toch is het op die manier gegaan, met deze pech ben ik geboren.
- Hier in Acupe is weinig veranderd, jongeman. Het enige verschil is dat er nu geen slaven meer zijn.
- Maar de oude Quimquim, die mij in de kunsten van het spel inwijdde, was een slaaf.
- Daarna werd Quimquim mijn meester. Hij nam mij mee naar het bos, naar Alto da Campina. Een gebied dat ze nu willen verwoesten om fabrieken te bouwen. De frisse lucht ruilen voor geld. Daar oefende hij met mij.
- Maar zo heb ik het geleerd. En hoe! Tot ik me een beest voelde. Hoe kan ik dat ooit vergeten?
Het was nacht. Aan de oever van de bron was het zoemen van de brulkikker te horen. Toen leerde Quimquim mij om de houding van de brulkikker aan te nemen.
- En daarna om mijn ogen open te sperren, mijn huid te laten rillen en te denken dat ik een kikker was.
- Voor even werd ik een kikker en kon alles een eind ver heel goed zien in de donkerte van het bos.
- Dankzij de oude man kwam ik het spel binnen en werd ik meester in de kunst van de hoed.
- Ken je dat niet?
- De hoed weert het mes af en daarna haal je vlug vlug uit naar het oor van de andere.
- Maar het is ook een mooie dans, want in de roda mag alles.
- Vele, vele keren, op de feestdag van Sint Benedict, helemaal voorin de kapel, vormde Quimquim een roda met een cavaquinhogitaartje, een atabaquetrommel en een ganza.
- Er was geen berimbau. De oude man hield er niet van.
- Zo, zo, jongeman, vervulde ik mijzelf van de wereld.
- Je moet niet te veel praten.
- Waarom praten? Om de ziel te doen schrikken? Om het natuurlijke van de aarde niet te zien?
- Dat was niet nodig, het was genoeg om mij te overtuigen van de grootsheid.
- Maar dat ontbrak nog/Maar er ontbrak nog iets.
- Quimquim legde mij uit wat: de naam. Hercules paste niet. Dat was zoals een vals paspoort, zoals een steen in het midden van de roda. Was dit een capoeiranaam?
- Op een dag gooide het lot – dat machtige ding, het lot – de zaken om.
- Het gebeurde achter in een winkel ergens een eindje buiten de stad dat ik een glaasje cachaça aan het drinken was met Quimquim, de apotheker en een blanke man die zijn vakantie doorbracht in Acupe, toen ik mijn moed moest bewijzen.
- **** ontbreekt hier niet iets? ****
- Na een paar oorvegen zou hij wel kalmeren, dacht ik eerst.
- Maar dan draaide de ongelukkige zich om, rood van woede. Hij had een mysterieus voorwerp in de hand, iets om het hoofd te splijten, zoals men doet met de kokosnoot aan de kant van de weg.
- Terwijl wij ons vermaakten met praten en cachaça drinken, sloop het gespuis geniepig achter mijn rug.
- De schreeuw van de blanke man heeft mijn leven gered: ik viel in de ******* en ontsnapte nipt aan de dood, met een “meia lua ” boven zijn oor.
- De apotheker vertelde dat de blanke man “Santo Cristo ” riep in zijn blankentaal.
- Maar Quimquim had “Santugri” verstaan en zo geschiedde.
- Dat is mijn naam geworden en gebleven. Santugri hier, Santugri daar.
- Ik von dhe twel goed.
- Niemand waagt het nu nog om mij Hercules te noemen.
Ben je niet nog eens geboren? Want anders had je recht op een nieuwe naam. Toen Quimquim stierf, nam Santugri zijn plaats in als meester van het spel.
- Het maakt deel uit van mijzelf, of ik nu wil of niet. Een vogel zingt niet omdat het dat wil, maar omdat het niet anders kan.
- Ik speel capoeira voor de ceremonie, voor het lot.
- Het is mijn lotsbestemming, mijn geluk.
- Als ik dood ga, jongeman, wil ik nergens heengaan.
- Ik heb mijn paradijs al gevonden in de roda.
5. Capoeirakoor. Verhaal over de Grupo Cativeiro
Ik ga capoeira spelen – Angola en Regional – ik ga Mestre Pastinha herdenken – Mestre Bimba herdenken – naar de quilombos van Zumbi dos Palmares trekken – quilombo van zwarten, van onbeschaamd ontvoerde zwarten - *** wat was het ook alweer??? ***
6. Verhaal van de voorouders.
Sodré, Muniz, Santufri – Verhalen van magie en capoeira – Muniz Sodré; Illustraties, Mollica – Rio de Janeiro: José Olympio, 1988.
Van de voorouders
Het was in de tijd die vandaag nog weinig mensen van het eiland beroert. Want dat was een tijd waarin het woord ‘toekomst’ niet regeerde en men nog met respect het woord ‘vroeger’ uitsprak! In het midden van de ademloze wedren van de wereld, in de stoomlucht van de industrie, herbergde het eiland mensen met origines uit een ver continent. Volgens de ouden waren zij geen Angolezen, Congolezen, bewoners van Cabinda of Mozambicanen waren maar wel Nagôs !
- Ze stortten zich op de grond en begroetten met verering: Mijn Vader! Mijn Vader!
- In deze tijd stonden de huizen van de zwarte mensen allemaal naast elkaar op het strand van Amoreiras.
- Sommige huizen stonden apart, zoals dat van oom Marco, de chef van de cult van de voorouders, de Alapini. Zijn leeftijd is in de nacht van de tijden verloren gegaan en zijn blik was zo innemend als dat van een roofdier. Oom Marco, de man die zich – en dat wist iedereen – transformeerde en terugkwam als een cobra.
- Bino was op dat moment nog geen tien jaar oud. Hij woonde dichtbij het strand, samen met zijn moeder, Donata, een heel begaafde vrouw, ruimdenkend en met recht en reden beroemd in de cult van de Orixas in de grote stad aan de overkant van het eiland. Omdat zij haar zoon dichtbij haar en haar cult wilde houden, had ze geen goed oog op de twee passies van Bino: het gezelschap opzoeken van de capoeiristas die ’s namiddags langskwamen om in de schaduw van de mangoboom te spelen en nachtenlang praten met oom Marco, die in hem een speciale interesse had. Enkel voor Bino doorbrak hij zijn gebruikelijke stilzwijgen.
- Donata verweet de capoeira het lanterfanten en stoerdoenerij.
- Van oom Marco zei ze niets. Zo groot was haar respect. Maar ze liet wel aan haar zoon verstaan dat het haar niet zinde om hem zo in de ban te zien van een bewaarder van geheimen waar zij zelf geen toegang toe had. Want de cult van de beroemde doden was een mannenzaak, iets exclusiefs voor de rechterkant van de wereld.
- De Dood, het Voorouderlijke, verbond verleden en heden van de groep – het was het enige rechtstreekse spoor van de wereld die enerzijds heel veilig leek, maar anderzijds ook veel vrees opwekte.
- Met oom Marco leerde Bino om dicht bij de dieren te komen, de beste vrienden van de mensen, zoals de ouden het hem leerden.
- Hij leerde ook meer: binnen, diep binnen in de mens, woont er een roofdier dat men absoluut moet kennen.
- Hij toonde aan dat dit onbekende dier zich zou kunnen onthullen aan de mens. Wat een prachtig dier zou de mens kunnen zijn. Hij sprak over de transformaties, over een moment waarop mensen zich verdeelden en gingen wonen in de verscheidenheid van de tijd. Ze namen twee ruimtes in en werden plots dat dier.
French to Dutch: Fête des Langues / Talenfeest General field: Marketing Detailed field: Telecom(munications)
Source text - French Samedi 24 avril, le Parlement fédéral ouvrira ses portes au public de 13 h à 18 h pour une grande fête multilingue et multiculturelle. Ce sera l’occasion de visiter la Chambre et le Sénat tout en participant à de nombreux ateliers répartis en 5 grands espaces dits « pavillons ».
Véritable invitation au voyage, ces pavillons permettront au public de parler la langue cible tout en découvrant les cultures des différentes régions où cette langue est parlée. Les langues mises à l’honneur sont l’allemand, le français et le néerlandais (nos trois langues nationales), l’arabe et l’espagnol.
Ne ratez pas cette occasion unique de plonger dans un bain de langues et de cultures!
Entrée libre et gratuite.
La Fête des Langues est organisée par le Centre d’Animation en Langues,asbl avec le soutien de la Loterie Nationale et du Parlement fédéral.
www.fetedeslangues.be
Translation - Dutch Op zaterdag 24 april opent het Federaal Parlement tussen 13u en 18u haar deuren voor het grote publiek naar aanleiding van een groots meertalig en multicultureel feest.
Verscheidene ludieke workshops bieden jong en oud een uitstekende gelegenheid om de historische ruimtes van de Kamer en de Senaat te bezoeken.
De workshops zijn verdeeld over vijf ‘paviljoenen’. Ieder paviljoen dompelt je onder in een bepaalde taal. Meer nog, je wordt er uitgenodigd om met je vijf zintuigen de cultuur te ontdekken van de regio waar de taal in kwestie gesproken wordt.
De talen die wij dit jaar in de bloemetjes zetten zijn: Duits, Frans, Nederlands (onze drie landstalen), Spaans en Arabisch.
Mis deze kans niet om een duik te nemen in een bad van talen en culturen!
Inkom gratis.
Het Talenfeest is een organisatie van het Animatiecentrum voor Talen, vzw, met steun van de Nationale Loterij en het Federaal Parlement.
www.talenfeest.be
More
Less
Translation education
Master's degree - Vrije Universiteit Brussel
Experience
Years of experience: 21. Registered at ProZ.com: Nov 2011.